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Yves Mersch diz que melhoria dos indicadores económicos foi uma surpresa

O ex-presidente do Banco Central do Luxemburgo (BCL) e membro  do Conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE), Yves Mersch, considerou domingo que os últimos indicadores económicos foram uma surpresa positiva e que é prematuro dizer que a crise foi superada.

© Créditos: AFP

Em entrevista ao jornal austríaco Die Presse, Yves Mersch, que presidiu o Banco Central do Luxemburgo (BCL) desde a sua fundação em 1998 até ao início deste ano, afirma que é arriscado dizer que a crise económica na Europa já foi ultrapassada, mas admite que os últimos indicadores económicos foram uma surpresa positiva.

Questionado sobre a possibilidade de haver um novo perdão de dívida pública grega, Mersch respondeu que "de momento há um programa que não prevê essa possibilidade e dentro do qual isso não é necessário".

O Eurostat, sediado em Kirchberg, no Luxemburgo, reviu na semana passada as previsões de contração da economia da zona euro e da União Europeia (UE) no segundo trimestre, em termos homólogos, para 0,5% e uma estagnação, respectivamente, melhor do que o estimado em Agosto.

A estimativa anterior indicava quedas do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,7% na zona euro e de 0,2% na UE, em termos homólogos.

A segunda estimativa rápida divulgada pelo gabinete de estatísticas da UE na quarta-feira adianta ainda que as economias da zona euro e da UE cresceram 0,3% e 0,4%, respectivamente, no segundo trimestre de 2013, e face ao trimestre anterior.

O Eurostat revê, assim, em ligeira alta os números para o conjunto da UE em relação ao crescimento de 0,3% previsto em meados de Agosto.

Portugal foi o país que maior subida (1,1%) registou no PIB do segundo trimestre do ano face ao primeiro, entre os 23 países que disponibilizam dados ao Eurostat.

O presidente do BCE disse, quinta-feira, que a entidade monetária reviu as estimativas de crescimento para a zona euro em 2013, prevendo uma contração de 0,4%, menos duas décimas do que o previsto em Junho.

No entanto, Mário Draghi anunciou ainda, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião de política monetária do BCE, que a instituição prevê para a zona euro um crescimento de 1% em 2014, menos uma décima face à anterior estimativa.

As declarações de Draghi foram proferidas depois do BCE ter anunciado a decisão de manter a taxa de juro de referência no mínimo histórico de 0,5%, nível definido em Maio.

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