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Inflação

Salários dos funcionários do BEI vão aumentar 7% mas não para todos

O aumento agora acordado, com efeitos retroativos a 1 de janeiro, será baseado sobretudo na “performance” dos trabalhadores. Caso vai ser levado ao Tribunal do Trabalho.

A sede do BEI

A sede do BEI © Créditos: Marc Wilwert

Um protesto que deu frutos. Alguns, pelo menos. Os salários dos funcionários do Banco Europeu de Investimento (BEI), com sede em Kirchberg, vão aumentar, em média, 7% este ano. Mas, de acordo com o site da revista Paperjam, nem todos os trabalhadores vão ter direito à mesma atualização. Membros da delegação de pessoal dizem que o aumento é insuficiente e vão levar o caso ao Tribunal do Trabalho.

A revista lembra que os protestos surgiram para fazer face à “não-indexação salarial”, isto porque “a instituição europeia considera que os seus funcionários não estão abrangidos pela adaptação automática dos rendimentos ao custo de vida”. Por essa razão, os trabalhadores do banco decidiram protestar em outubro do ano passado.

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Porém, o aumento agora acordado, com efeitos retroativos a 1 de janeiro, será baseado sobretudo na “performance” dos trabalhadores, o que significa que para alguns a subida poderá chegar aos 10%, ao passo que outros, que não tenham atingido os objetivos fixados, poderão ficar com o ordenado particamente inalterado.

Na prática, explica a Paperjam, o aumento médio de 7% divide-se da seguinte forma: 5% pela performance 2% de ajuste estrutural. São valores bastante superiores à média de 3,2% e 2022.

Apesar dos aumentos e dos subsídios de 2.000 a 3.000 euros atribuídos no início do ano, os trabalhadores dizem que as medidas são insuficientes. Vão seguir para o Tribunal do Trabalho por entenderem que um aumento médio de 7% não dá para manter o poder de compra. Reivindicam um “verdadeiro sistema de indexação, ao qual não têm direito há anos”.

Segundo o BEI, citado pela Paperjam, “a relação de trabalho entre os funcionários e o banco não é regida pela lei luxemburguesa, mas sim pelas regras europeias”.