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Quase mil residentes no Luxemburgo já perderam o emprego este ano

Perdas de emprego nas empresas que abriram falência no primeiro trimestre de 2023 aumentaram 60%.

© Créditos: Chris Karaba

Jornalista

O desemprego no Luxemburgo está a aumentar e a tendência deverá continuar nos próximos meses.

No Grão-Ducado, "o número de falências permaneceu relativamente baixo no final de 2022/início de 2023, mas as perdas de emprego correspondentes aumentaram: +60% no primeiro trimestre de 2023 face ao período homólogo, representando quase 900 pessoas", revela o Statec no flash de abril divulgado esta terça-feira.

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Segundo a análise, mais de um terço desses postos de trabalho eram do setor da construção, sendo a hotelaria e a restauração (150 perdas de emprego devido a falências) e os transportes (98) outras das principais áreas de atividade afetadas.

A criação de novo emprego no setor da construção nos últimos três anos também abrandou, de acordo com organismo, passando de 3,7% em 2021 para 1,1% no primeiro trimestre de 2023.

Apesar do número geral de falências se ter mantido "relativamente baixo" no final de 2022 e no primeiro trimestre deste ano, na construção esse cenário evoluiu de forma significativa.

Dados publicados também pelo Statec, a 19 de abril, apontavam para a construção como o setor mais atingido pelas falências, com 58 casos registados no primeiro trimestre deste ano, que representaram um aumento de 107,1% comparativamente com o primeiro trimestre de 2022.

Desemprego deverá continuar a subir

Na sua análise conjuntural de abril, o Statec sublinha que, a nível global, o emprego também continua a abrandar e que os registos de novas empresas têm mostrado uma tendência decrescente nos últimos trimestres.

Embora no final de 2022 e início de 2023 a taxa de desemprego tenha estabilizado ligeiramente abaixo dos 5%, se se retirarem os refugiados ucranianos desse cálculo, "o desemprego apresenta uma tendência ligeiramente ascendente", explica o organismo.

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"No primeiro trimestre de 2023, certas categorias [profissionais] continuaram a fazer aumentar o desemprego, nomeadamente entre os jovens com menos de 30 anos (+1,9% no ajuste sazonal trimestral), nos desempregados com ensino superior (+5,4%) e nos que trabalham no apoio a empresas (+3,5%) ou no comércio, vendas e distribuição (+3,2%)", detalha ainda o gabinete de estatísticas luxemburguês.