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Privados “disponíveis” para cooperar na busca das "melhores soluções" económicas para Cabo Verde

O sector privado manifestou-se hoje na Praia “disponível” e “preparado” para cooperar com o Governo e parceiros na resolução dos problemas económicos do país, cuja primeira solução passa pela preparação de um programa de “reformas económicas profundo”.

© Créditos: Lkarthei

A garantia foi dada esta terça-feira, na Cidade da Praia, pelo presidente da Câmara de Comércio e Turismo, Gualberto do Rosário, à saída de um encontro entre o patronato e o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca.

Desse encontro, disse o empresário esperar que seja possível alargar o diálogo social sobre esta matéria, porque a situação em que o país se encontra exige, uma tomada de “consciência efectiva”, que não se esconda o problema e “um grande diálogo social” para que haja concertação e para que todos possam assumir a sua participação efectiva na solução dos problemas.

“A situação é de tal ordem que o Governo, sozinho, não vai conseguir resolver. O Governo tem que contar com os outros parceiros e instituições, que por sua vez terão que estar disponíveis para participar. O sector privado está disponível e preparado”, precisou.

Daí que, na óptica de Gualberto do Rosário, a primeira solução passa pela preparação de um programa de “reformas económicas profundo”, para que, entre outros ganhos, o país possa ganhar competitividade e o grau de confiança nele aumente.

“Sabemos que não executando um programa de reformas, íamos perder a competitividade, o grau de confiança no país cairia e que tudo isto teria reflexo, designadamente, em termos de investimento externo, que o Estado continuaria a ser um Estado ineficiente, por conseguinte com custos enormes que depois a sociedade teria que pagar através de impostos, como aconteceu com os agravamentos fiscais para este ano”, sustentou.

O presidente da Câmara de Comércio e Turismo disse ainda que, em Setembro do ano passado, o Conselho de Concertação Social aprovou, com anuência do Governo, a assinatura de um programa de reformas económicas, mas que o Executivo ficou de apresentar o programa em Março deste ano e não o fez.

“A posposta que o Governo fez chegar ao Conselho não é um programa de reformas económicas, nem sequer foi discutido e estamos a espera que seja retomado”, revelou, acrescentando que alguns parceiros sociais já reivindicaram uma reunião extraordinária e de urgência para se retomar este diálogo.