Patronato quer reforma das pensões a partir de 2024

A Câmara do Comércio qualificou o sistema atual de reformas do Grão-Ducado de "insustentável" a longo prazo e lamenta que exista pouca vontade de o adaptar.

Citado pelo jornal LeQuotidien, o diretor-geral, Carlo Thelen, apela assim ao Governo que sair vitorioso das legislativas de outubro para que tome "decisões corajosas", e reforme o sistema de pensões a partir de 2024.

Em França, a reforma das pensões que aumenta a idade da reforma dos 62 para os 64 anos levou milhares de pessoas às ruas, paralisando parte do país. No Grão-Ducado, a idade de reforma é aos 65 anos, mas segundo Carlo Thelen, na prática, a aposentação acontece normalmente aos 60 anos, o que faz do Luxemburgo um dos países da União Europeia onde os trabalhadores se aposentam mais cedo.

Citando uma das projeções mais recentes da Inspeção-Geral da Segurança Social, Thelen refere que a pressão sobre o sistema de pensões vai aumentar a partir de 2027, o que vai resultar num desequilíbrio financeiro em 2041. Por sua vez, isto obrigaria as autoridades a recorrerem às reservas para pagar as reformas.

A reserva atual é de 26 mil milhões de euros, mas a entidade empresarial argumenta que poderá esgotar-se em 2047, caso o sistema não seja ajustado.