Nenhuma fábrica da ArcelorMittal vai fechar portas
O gigante do aço vai despedir 15% dos seus trabalhadores.
© Créditos: Gerry Huberty
Nenhuma fábrica da ArcelorMittal vai fechar as portas no Luxemburgo. A garantia foi dada na segunda-feira pelo diretor do grupo, na primeira reunião entre sindicatos, membros do Governo e da direção da empresa desde que se soube do corte iminente de 570 postos de trabalho no seio do grupo.
Em entrevista à RTL, após a sessão, o diretor da ArcelorMittal Luxemburgo, Roland Bastian, confirmou que não está previsto o encerramento de qualquer unidade de produção no país e que o acordo alcançado no ano passado sobre o plano de investimento será cumprido.
Porém, segundo o L’Essentiel, que cita as centrais sindicais LCGB e OGBL, não foram avançados quaisquer "detalhes nem o calendário do projeto da empresa" sobre a anunciada eliminação de 15% dos postos de trabalho no Grão-Ducado.
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A reunião de segunda-feira foi convocada pelo vice-primeiro-ministro e ministro do Trabalho, Dan Kersch, e pelo ministro da Economia, Franz Fayot, para debater a notícia que na semana passada abalou o setor. De acordo com a imprensa, patronato, sindicatos e Executivo voltam a sentar-se à mesma mesa no próximo dia 6 de outubro.
A siderúrgica, da qual o Estado luxemburguês é acionista, justificou a eliminação dos 570 postos de trabalho com o aumento dos preços da produção de aço e a concorrência a nível internacional.
Numa nota sobre a sessão, divulgada pela RTL, a ArcelorMittal diz querer "estudar o conjunto de ferramentas de acompanhamento social previstas na lei luxemburguesa de forma a encontrar a melhor solução possível para os trabalhadores afetados" pela medida.
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A empresa confirmou também que será criado um grupo de trabalho com representantes da ArcelorMittal, dos sindicatos e do Governo para "fazer um diagnóstico partilhado da situação".