Luxemburgo. Efeitos da crise ainda não se fazem sentir ao nível das falências
De janeiro a novembro do ano passado 1.145 empresas declararam falência. As medidas de apoio público às empresas impediram que os casos "disparassem", diz um economista.
As falências de empresas no Luxemburgo não estão, para já, a refletir os efeitos da crise provocada pela pandemia da covid-19. É isso que mostra uma análise da Fundação Idea, de acordo com o Paperjam.
Com base nos dados compilados pela fundação, a revista escreve esta quinta-feira que, face às 1.145 falências nos primeiros 11 meses de 2020 – o que corresponde a um aumento de 2,1% face ao ano anterior –, “o tecido empresarial luxemburguês parece, para já, estar a ser poupado face ao impacto da crise sanitária”.
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Como lembra a Fundação Idea, os dados do Statec e do Ministério da Justiça não espelham o “tsunami de falências antecipado por alguns analistas”. Mesmo assim, mais de mil empresas fecharam as portas em menos de um ano, sendo que a maior parte diz respeito a holdings e fundos de investimento (422), comércios (190) e empresas do setor da construção (112).
Medidas de apoio público positivas
No entanto, Vincent Hein, economista da Fundação Idea, frisa ao Paperjam que o facto de os tribunais do comércio terem estado fechados durante a primeira vaga da pandemia poderá ter travado o aumento das insolvências. O especialista alerta também que “a história mostra que muitas vezes é na fase de saída da recessão que as falências acontecem”.
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Outro fator que, segundo o economista, impediu que o número de falências disparasse diz respeito às medidas públicas de apoio às empresas, sobretudo o desemprego parcial. Apesar de o mercado de trabalho se manter relativamente estável, a Fundação Idea adverte que é necessário não subestimar o aumento do número de desempregados no mês de dezembro.