Indústria manufatureira luxemburguesa continua a sofrer com a pandemia covid-19
Após um recuo de 24 pontos no segundo trimestre deste ano, o indicador da atividade continua a cair, agora mais 8 pontos no terceiro trimestre.
© Créditos: Lex Kleren
A pandemia da covid-19 continua a ter um impacto negativo em algumas áreas da indústria manufatureira. Quem o diz é a Câmara dos Ofícios (Chambre des Métiers, na denominação original em francês), num relatório publicado esta terça-feira.
Após um recuo de 24 pontos no segundo trimestre deste ano, o indicador da atividade continua a cair, agora mais 8 pontos no terceiro trimestre.
Esta situação é pior do que as estimativas das empresas deste setor realizadas no passado mês de junho, em que as previsões apontavam para uma estabilização no terceiro trimestre. Para o quarto trimestre deste ano, prevê-se um recuo de mais três pontos na atividade da indústria manufatureira.
No relatório pode ler-se que com “uma queda de 23,5 pontos, o indicador de atividade aproxima-se cada vez mais do seu nível mais baixo, registado durante a crise financeira de 2008, que era na altura de -27,5 pontos”.
As áreas da alimentação, comunicação, moda, saúde e higiene são as que têm mais dificuldades a dar a volta por cima. Embora o ramo da alimentação tenha continuado aberto durante o confinamento, a queda explica-se com o encerramento dos salões de chá ou de catering. Mesmo após o confinamento, este ramo está longe de atingir o nível de atividade habitual.
O setor da construção é o que conseguiu recuperar mais rapidamente, uma vez que as encomendas e os projetos não foram, na maioria dos casos, anulados, mas, adiados. No entanto, este setor lamenta que as férias coletivas de verão não tivessem sido adiadas, o que teria permitido recuperar um pouco o volume de negócios perdido durante o confinamento.
A Câmara dos Ofícios representa sete mil empresas da indústria manufatureira no Luxemburgo que empregam mais de 90 mil pessoas.