Fundação IDEA defende vantagens fiscais para os proprietários de casas para arrendar

"A crise no setor do alojamento" é um tema amplamente abordado ao longo dos anos, tanto nos media, como nos discursos políticos, mas não parece ter fim à vista, considera a Fundação IDEA.

A par com o aumento dos preços dos bens imobiliários e o consequente aumento do endividamento das famílias, nos últimos meses um outro dado tem preocupado quem tem o empréstimo da casa por pagar ou pretende comprar um imóvel: o aumento das taxas de juro.

Num documento publicado no início de fevereiro, a IDEA considera que seria sensato introduzir vantagens fiscais para os proprietários com casas para arrendar, de forma a que haja mais habitações à disposição e, assim, travar o aumento dos valores das rendas.

A IDEA defende que a medida fiscal seria um incentivo aos proprietários para baixar os preços das rendas e, consequentemente, ajudar os locatários a aceder a um alojamento mais acessível.

Mas apenas se determinadas condições fossem preenchidas, como, por exemplo, os donos das casas comprometerem-se a não aumentar a renda durante um determinado período de tempo ainda a definir.

De acordo com o organismo, os últimos indicadores "parecem anunciar um claro abrandamento futuro da atividade no setor da construção residencial", pelo que é preciso contrariar esta tendência sob pena de o Grão-Ducado entrar "numa crise de habitação precária e/ou perder atratividade causada por uma situação de falta de habitação".

Para os residentes que querem e têm poder de compra para adquirir um imóvel, a IDEA sugere ainda mais ajudas aos futuros proprietários com menos de 35 anos como, por exemplo, abolir o pagamento da taxa de registo.

A fundação sublinha que não existe uma solução milagrosa para gerir a situação de crise no setor da habitação, sendo necessário um "pacote de medidas" para que, a longo prazo, seja possível garantir uma habitação digna à população, quer através da compra de um bem imobiliário ou do arrendamento.