Déi Lénk quer aumento de 300 euros do salário social mínimo
Para quem tem de pagar uma renda de 1.600 euros por mês, com ordenados perto do rendimento social mínimo, a situação torna-se insuportável, considera o partido de esquerda.
© Créditos: Guy Wolff
O partido Déi Lénk (A Esquerda, em português) reivindica que o salário social mínimo seja aumentado em 300 euros mensais, defendendo que há cada vez trabalhadores com dificuldades financeiras. Segundo o partido, a evolução não é nova, mas a pandemia da covid-19 veio intensificar o problema.
Em comunicado, o partido de esquerda sublinha que o custo de vida no Grão-Ducado é cada vez mais elevado, sobretudo as despesas ligadas à habitação. cO salário social mínimo atual é de 2.201 euros mensais.
Segundo um estudo lançado em abril pela Câmara dos Assalariados, 11,9% dos trabalhadores do Luxemburgo vivem em situação de pobreza, ou seja não ganham o suficiente para cobrir as despesas básicas.
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O relatório coloca ainda o Grão-Ducado em segundo em toda a UE onde o risco de pobreza é maior entre quem trabalha. As famílias com mais filhos e as monoparentais são as que se encontram numa situação mais preocupante.
Questionado recentemente sobre a situação em particular da comunidade portuguesa no país o embaixador no Luxemburgo, António Gamito, afirmou que teve conhecimento de casos de portugueses em risco de pobreza que procuraram a Embaixada já na fase final do processo de repatriamento para Portugal.