Covid-19. Confederação do Comércio diz que já há falências no setor
A crise sanitária já obrigou várias empresas do ramo do comércio a fechar as portas, definitivamente, por falta de negócio.
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Em declarações à Rádio Latina, o diretor-adjunto da Confederação Luxemburguesa do Comércio (CLC), Claude Bizjak, disse não dispor ainda de números exatos sobre as falências, mas adiantou que o organismo tem conhecimento de “várias empresas” que se viram forçadas a fechar. E o receio do organismo é que esse seja o destino de muitas outras.
À exceção do comércio considerado essencial, nomeadamente o ramo alimentar, Claude Bizjak sublinha que a fase de confinamento foi um período praticamente “morto” para a maior parte dos estabelecimentos comerciais, registando-se apenas algumas vendas online.
O diretor-adjunto da CLC fala num impacto “severo” para as empresas do setor, que vão demorar a recompor-se. Depois de terem lidado com o encerramento obrigatório, muitas lojas enfrentam agora dificuldades no escoamento de stock. É o caso, por exemplo, das lojas de roupa e calçado. Bizjak explica que estas lojas pouco ou nada venderam nos últimos dois meses, tendo acumulado em armazém “dezenas de milhares de artigos” de coleções antigas, que dificilmente venderão agora, o que, por sua vez, dificulta a aquisição das novas coleções.
Sobre a reabertura do comércio, que aconteceu na segunda-feira, quase dois meses após o fecho obrigatório decretado pelo Governo, Bizjak considera que o arranque foi positivo e que as lojas estão preparadas para receber os clientes, mas adianta que a retoma vai demorar. É por essa razão que apela ao Governo para que continue a apoiar as empresas em dificuldades, garantindo que a CLC “continua a negociar com o Governo para encontrar outros meios para ajudar os setores mais afetados”.
O diretor-adjunto da CLC alerta ainda que “não é porque as lojas abriram, que a crise acabou”, estimando que não haverá uma afluência maciça de clientes, pelo que os “comerciantes vão sofrer durante vários meses”.