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Cargolux supera os lucros alcançados durante a pandemia

No entanto, o tempo dos excedentes terá acabado, afirma o CEO.

© Créditos: Serge Braun

O ano de 2022 foi ainda melhor para a Cargolux que os dois anos anteriores, em que o mundo enfrentou a pandemia de covid-19, anunciou a transportadora aérea luxemburguesa na assembleia geral, realizada na quarta-feira.

Com um lucro líquido de 1,44 mil milhões de euros em 2022, a empresa superou o resultado recorde dos dois anos anteriores, em que tinha registado 696 milhões de euros, em 2020, e 1,13 milhões de euros em 2021. 279 milhões de euros vão ser distribuídos em dividendos pelos acionistas, que incluem a Luxair, HNCA, BCEE, SNCI e o Estado luxemburguês.

CEO Richard Forson

CEO Richard Forson © Créditos: Gerry Huberty

Com um lucro líquido de 1,44 mil milhões de euros em 2022, a empresa superou o resultado recorde dos dois anos anteriores, em que tinha registado 696 milhões de euros, em 2020, e 1,13 milhões de euros em 2021. 279 milhões de euros vão ser distribuídos em dividendos pelos acionistas, que incluem a Luxair, HNCA, BCEE, SNCI e o Estado luxemburguês.

No entanto, nem tudo são boas notícias, enfatizou o CEO da Cargolux, Richard Forson, citado pelo jornal Virgule. "A era dos excelentes lucros está a chegar ao fim", afirmou.

Isto porque, desde o segundo semestre do ano passado, a capacidade da Cargolux voltou a superar a procura que está em queda. "Vamos voltar ao normal porque os problemas nas cadeias de abastecimento foram amplamente resolvidos e as taxas de frete dos navios também caíram", diz Forson.

Nos primeiros sete meses de 2022, foram gerados 91 milhões de euros, mas logo a seguir deu-se uma queda aparatosa. O volume de carga caiu 8,5% no ano passado.

Trabalhadores 'lucram' com o sucesso?

O CEO divulgou que a Cargolux contribuiu com 751 milhões de euros para a economia de Luxemburgo, nomeadamente através de ordenados e impostos. O número de trabalhadores da companhia aumentou ligeiramente em todo o mundo, de 2.477 para 2.539, dos quais 1.888 trabalham a partir do Grão-Ducado.

No entanto, Forson criticou os sindicatos dos trabalhadores do Luxemburgo por não terem assinado o acordo que permite trabalhar remotamente dois dias por semana.

A negociação coletiva encontra-se num impasse. Depois de 15 reuniões entre administração e sindicatos ainda não há resultados e uma das razões, segundo denuncia a LCGB, deve-se à questão da conciliação.

A central sindical acusa a direção da Cargolux de não querer aplicar este procedimento no acordo a negociar. Forson respondeu na assembleia que "a LCGB não diz que nos últimos anos e, novamente neste ano, pagámos e pagaremos um bónus extremamente alto a cada funcionário".