Acordo alcançado no Luxemburgo para negociar com EUA é bom, diz Barroso
O presidente da Comissão Europeia (CE), Durão Barroso, acolheu no sábado positivamente o mandato aprovado pelos 27, na véspera no Luxemburgo, para iniciar negociações comerciais com os Estados Unidos, considerando que o futuro acordo pode ser um impulso para a economia.
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“Mostra que, quando há vontade, há um caminho”, afirmou Durão Barroso, numa mensagem transmitida pela cadeia de televisão da CE, numa referência às intensas negociações que os ministros do Comércio europeus mantiveram durante 13 horas, sexta-feira no Kirchberg, em Luxemburgo, até alcançar um acordo.
O chefe do executivo comunitário recordou que a União Europeia (UE) e os Estados Unidos já são, mutuamente, os maiores parceiros comerciais e de investimento, e sublinhou que reforçar essa relação “trará mais emprego e mais crescimento” a ambas as partes.
Durão Barroso valorizou os benefícios económicos para a UE, na ordem dos 120 milhões de euros anuais, “quase gratuitamente”, o que faz deste acordo o “pacote de estímulo económico mais barato que se poderia imaginar”.
“Chegamos a estas negociações com as nossas próprias prioridades e interesses”, admitiu, mostrando-se contudo convicto de que, se ambas as partes “mostrarem vontade política, é possível chegar a um acordo que respeite completamente todas as sensibilidades”.
Mas além dos benefícios económicos, “aqui também está implicado o nosso lugar no mundo”, disse e assegurou que a CE trabalhará com rapidez para concluir o pacto sem descuidar a sua substância.
O presidente da Comissão do Comércio Internacional do Parlamento Europeu, o socialista português Vital Moreira, também celebrou a adoção do mandato e garantiu que todo o processo será vigiado de perto, para garantir que seja “o mais transparente possível”.
Por outro lado, o grupo dos Verdes no Parlamento Europeu advertiu, num comunicado, que, com este acordo, a Europa dirige-se para uma “NATO da economia”.