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Lotação esgotada para músicos portugueses no Festival Portugal Pop

Os organizadores tinham prometido uma “magnífica festa da música portuguesa” e o público aderiu em massa: cerca de mil pessoas esgotaram a lotação da sala de Esch.

A quarta edição do Festival Portugal Pop que teve lugar no sábado na Kulturfabrik, em Esch/Alzette, e confirmou o sucesso crescente com uma sala cheia de um público apreciador de música moderna portuguesa de qualidade.

Os organizadores tinham prometido uma “magnífica festa da música portuguesa” e festa foi o que houve com perto de um milhar de pessoas e lotação esgotada da sala.

Jorge Vadio abriu as hostes, um pouco timidamente. Com três álbuns editados desde 2005 – o último dos quais se intitula “Rumo a Oeste”, que saiu em Junho –, Vadio considera-se "mais um compositor", disse em conversa com o CONTACTO após o concerto. Vadio é por ventura o menos conhecidos dos músicos do cartaz, mas os aplausos do público nessa noite confirmam que é já muito querido pelo público.

Vadio tem algo em comum com Lúcia Moniz. Ambos consideram a situação dos músicos em Portugal difícil. Lúcia diz que continua a escrever temas e canções, mas que este “não é o melhor momento para gravar um disco". "De que vale gravar se não se vende, porque as pessoas têm outras prioridades”, questiona-se a também actriz, que actualmente integra o elenco da série da RTP “Bem-vindos a Beirais”.

Mesmo sem nenhum disco gravado nos dois últimos anos, a actriz e cantora encantou no sábado o público com temas dos seus trabalhos anteriores, ora na guitarra ou no piano.

Ao público da Kulturfabrik, Lúcia confia: “Para mim, esta noite são só estreias: é a primeira vez que canto fora de Portugal e para uma comunidade portuguesa no estrangeiro.

Tozé Santos (Per7ume), co-fundador do festival, também subiu ao palco. É uma das actuações constantes em todas as edições do evento.

Seguiu-se lhe Luís Portugal (Jafumega), que com a sua simpatia natural e uma bela energia aqueceu o público, antes de Rui Reininho (GNR) vir também brindar o público com as suas canções, energia e uma boa dose de humor.

O último artista a subir ao palco foi Jorge Palma, que com os seus mais de 40 anos de carreira, não necessita de apresentações. Para Palma, como para Luís Portugal, Lúcia Moniz e Jorge Vadio, a vinda ao Luxemburgo era uma estreia.

No fim do espectáculo, os seis artistas juntaram-se em palco para, acompanhados pelo público e pela banda In/Out, de Pedro Bray, o outro co-fundador do festival, entoarem a ultima interpretação de Jorge Palma, que terminou em apoteose.

Carlos de Jesus