Documentário italiano 'Santo Gra' vence Leão de Ouro no Festival de Veneza
O Leão de Ouro do Festival de cinema de Veneza foi este fim-de-semana atribuído ao documentário 'Sacro Gra', do italiano Gianfranco Rosi, um retrato poético dos habitantes do 'GRA', uma região periférica de Roma.
Gianfranco Rosi © Créditos: Reuters
“Dedico a minha vitória às personagens do meu filme que deixaram que entrasse nas suas vidas. Alguns, sem o saber, tornaram-se protagonistas involuntários”, declarou Rosi, que não possui relação de parentesco com o realizador Francesco Rosi.
Muito comovido, agradeceu ao “mestre” Bernaardo Bertolucci, presidente do júri da 70.ª Mostra, pela coragem em premiar um documentário. “Pretendo desta forma agradecer à minha ex-mulher, que me obrigou a fazer este filme quando eu pretendia deixar a cidade de Roma, uma cidade que comecei a amar a partir dos seus subúrbios”, acrescentou.
O Grande Prémio do Júri foi concedido ao chinês Tsai Ming-Liang por 'Jiaoyou', a história de um pai sem casa e dos seus dois filhos, forçados a deambular pelas ruas de Taipé, em Taiwan.
'Miss Violence' do grego Alexandros Avranas obteve o Leão de Prata para a melhor adaptação de uma história de incesto e suicídio de uma criança.
O filme grego também obteve o prémio de melhor ator para Themis Panou, que interpreta uma terrível personagem de avô abusador.
Para o melhor prémio de interpretação feminina o júri elegeu a italiana Elena Cotta, que se destaca na película 'Via Castellana Bandiera', da siciliana Emma Dante.
A Mostra também recompensou com o prémio especial do júri o filme do alemão Philip Groning ('A mulher do polícia'). O melhor cenário foi para Steve Coogan e Jeff Pope pelo filme do britânico Stephen Frears 'Philomena', que surgia na lista de favoritos ao Leão de Ouro.
O prémio de jovem ator emergente foi concedido a Tye Sheridan, um norte-americano de 16 anos, já elogiado pela sua interpretação em 'Árvore da Vida', de Terrence Malick.