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Bonga no Luxemburgo para dar palestra e concerto, este sábado

O cantor regressa ao Luxemburgo para um concerto no Centro Cultural de Hollerich, às 21h. Antes disso, às 18h, está no Instituto Camões para uma palestra sobre a cultura angolana.

Este sábado, às 21h, o Centro Cultural de Hollerich recebe o cantor angolano Bonga, numa noite também animada pelo grupo Cabolux e Dj Pingusso.

Ainda no mesmo dia, mas às 18h, e à margem dos "Encontros Lusófonos", Bonga vai participar numa palestra sobre a cultura angolana, no Instituto Camões.

Apesar dos 40 anos de carreira, a imagem de marca de um dos maiores nomes da música africana de expressão portuguesa mantém-se: voz rouca, boa disposição e os ritmos quentes de músicas como "Mariquinha" ou "Olhos molhados".

O repertório já está preparado e o calor não vai faltar. "A gente vai levar calor. Faz parte do espectáculo. Quanto ao repertório, vamos ter músicas mais recentes e outras que fizeram a minha longa carreira de 40 anos. Portanto, em equipa que ganha, não se mexe", avançou o cantor ao CONTACTO.

O último concerto de Bonga no Luxemburgo foi em 2006, na Philharmonie, juntamente com o músico cabo-verdiano Teófilo Chantre. A saudade ficou por cá e o cantor diz que é sempre bem acolhido.

"Sou bem acolhido. Vai ser um espectáculo de grande nível. Já estive no Luxemburgo e sei que há pessoas que têm saudade."

E por falar em saudade, o CONTACTO quis saber se Bonga vai cantar também a morna "sodade"...

[risos] "Sabemos que há aí também muitos cabo-verdianos e a gente vai ter de dar um gosto a todos, portanto, para os cabo-verdianos, também. Vai ser um espectáculo para reunir os fãs na diáspora, para satisfazer todos. Uns porque fui atleta do Benfica, outros por causa de músicas como 'Mariquinha'. Vai ser um encontro e reencontro de pessoas que falam a mesma língua", explica o angolano.

Palestra sobre a cultura angolana

Três horas antes do concerto, às 18h, Bonga vai ainda passar pelo Centro Cultural do Instituto Camões no Luxemburgo (8, bld Royal, na cidade do Luxemburgo), para uma palestra sobre "A Cultura Angolana".

"Vou falar sobre a nossa maneira de falar o português. O povo tem a sua expressão própria, seja com gíria ou calão, e os próprios doutores às vezes têm de descer do seu pedestal para ouvir o povo", sintetiza o cantor.

Henrique de Burgo

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