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Artista americano Raphael Montañez Ortiz

A arte de destruir um piano no Mudam

Ao invés de ver e ouvir um recital de piano, o público do Mudam assistiu esta sexta-feira à destruição de um piano de cauda em nome da arte.

Ao invés de ver e ouvir um recital de piano, o público do Mudam assistiu esta sexta-feira à destruição de um piano de cauda em nome da arte.

O artista norte-americano Raphael Montañez Ortiz abriu a exposição "Damage Control", com um espectáculo "musical" bastante original.

Nascido em 1934, em Brooklyn, o artista dedica-se a este tipo de actuações desde os anos 60 e é responsável pela destruição de muitos pianos, entre outras coisas. Professor da Universidade de Colúmbia, Ortiz coloca a "destruição" no centro de sua obra.

Para Raphael Montañez Ortiz, o piano de alguma forma expressa a quintessência da cultura. Destruir o piano é uma forma de mostrar a vaidade da existência humana que, inevitavelmente, leva à destruição.

O artista acredita que a sua actuação traz uma dimensão metafísica durante o "concerto", em que os sons do piano são expressas de uma forma particular.

As suas criações (ou talvez, as suas destruições) fazem parte das maiores colecções de arte moderna do centro Pompidou, em Paris, do museu Whitney, nos Estados Unidos, e do museu Ludwig, em Colónia, Alemanha.

A actuação de Ortiz, registada em vídeo é agora, junto com as peças destruídas do piano, parte da colecção do Mudam.